Moçambique importa cerca de 500 mil toneladas de arroz e gasta pouco mais de 350 milhões de Dólares todos os anos para esse fim, mesmo sendo detentor de 900 mil hectares de terra apropriada para a produção desta cultura.
Arnaldo Ribeiro, que já dirigiu o Instituto Nacional do Açúcar e esteve ligado a vários programas do sector agrário, inclusive em consultorias sobre a produção de arroz, solicitadas pela Agência do Vale do Zambeze, revela por que todos os planos feitos para o sector falham.
Segundo Ribeiro, o problema reside no facto de se insistir em desenhar e implementar projectos direccionados para o sector familiar, quando se sabe que este não possui musculatura financeira e técnica para enfrentar os desafios do sector.
Aponta que, ciclicamente, são investidos centenas de milhões de Dólares na reabilitação de sistemas de regadios que depois são entregues para a gestão de pequenos núcleos familiares.
Arnaldo Ribeiro afirmou que o consumo de arroz no país é de cerca de 650 mil toneladas por ano, das quais 500 mil são importadas e com tendência a aumentar, “o que significa um dispêndio de divisas, porque, infelizmente, o preço de arroz aumentou no mercado internacional”.
No seu entender, este aumento de preços até seria benéfico para o país se a produção nacional estivesse na mó de cima e se fosse possível exportar para a África do Sul, que importa um milhão de toneladas todos os anos. Leia mais…