Atensão política entre Washington e o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, continua a aumentar e a fazer vítimas. Enquanto Washington faz de tudo ao seu alcance para derrubar Maduro, este retalia mandando prender percebidos aliados domésticos dos EUA e, ao que parece, já começou a caçar cidadãos norte-americanos. Na semana passada foi noticiado que as autoridades de Caracas detiveram um marinheiro norte-americano mas, até ao momento que se escreviam estas linhas, não tinha sido anunciada a razão da detenção. Se vier a se confirmar que esta acção surge em retaliação às investidas de Washington para derrubar Maduro, pode dizer-se que o antimadurismo faz mais uma vítima.
A relação entre os EUA e o presidente Nicolás Maduro é de dois extremos opostos. Washington está “obcecado” em derrubar Maduro, ao passo que este último mostra-se determinado a contrariar as intenções de Washington e, assim, manter-se no poder. A detenção do marinheiro, por coincidência ou não, ocorre em mais um período da elevação da tensão entre Washington e Caracas por causa do desfecho das últimas eleições presidenciais. As autoridades eleitorais anunciaram resultados dando vitória a Nicolás Maduro, mas os EUA consideram que os resultados anunciados são fraudulentos e que quem venceu foi o candidato da oposição, Edmundo González. Aliás, os EUA chegaram ao extremo de reconhecer o candidato da oposição como vencedor indo contra a posição oficial das autoridades eleitorais do país. Nesse “desespero” em querer ver Maduro fora do poder, correram rumores de que os EUA estavam a negociar, secretamente, a possibilidade de Maduro abandonar o poder em troca de uma amnistia por supostos crimes cometidos. Leia mais…