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Galarozes – 2013

Por admin

Bula-bulacumpre, mais uma vez, a espinhosa e ingrata missão de distribuir, na correnteza do seu estilo específico, ridendo castigat mores (a rir também se criticam os costumes), o “Prémio Galaroz” a personalidades que se notabilizaram em 2013. Galaroz é um galo pimpão, crista em riste, quando canta, fecha os olhos!

Saimone Macuiane:  Galaroz dos galarozes

 

 

Ao longo de 2013, cantou muito, sempre de olhos fechados e mente ébria. Esticou o pescoço, empinou a crista, cantou, fechou os olhos para semear o medo nas famílias moçambicanas.

Logo a seguir confundia-se, cantando que todas diferenças seriam ultrapassadas em sede de diálogo, onde ele próprio nunca assinou as actas de reuniões, atestando o comportamento de mau aluno na Faculdade de Direito.

Sem o galo-mor doutros tempos – ainda em parte (in)certa, Saimone Macuiane vai mantendo a desordem na Renamo da cidade, multiplicando-se em exigências para fugir ao diálogo.

Com facilidade celebra mortes de civis a partir da sede da Renamo e revela teimosia dum galo que quando canta, fecha os olhos, bate asas, porém, não voa!

  

 

Jerónimo Malagueta: Galaroz da instabilidade

 

 

Jerónimo Malagueta é daqueles que não pensa sem falar, fala sem pensar, o que não é propriamente a mesma coisa. Igual ao galo, que quando canta, fecha os olhos!

Delfim de Afonso Dlhakama, Jerónimo Malagueta saiu da capoeira para cantar a instabilidade, anunciando os ataques a alvos civis, naquilo que qualificou de “paralisar o país”.

Para o seu azar, houve quem não se encantou com o canto deste galo e zás, atirou-lhe para a capoeira convencionada para os fora-da-lei.

A partir daí, parece ter ganho juízo, porque, a ver o sol aos quadradinhos, tornou-se tarefa engenhosa adivinhar a hora do canto, mesmo que de olhos fechados e crista em riste, como sempre o fez.

 

 

CNE/STAE: galarozes eleitorais

 

 

As eleições autárquicas de 2013 proporcionaram momentos lindos, como seja o devaneio do Partido Trabalhista em introduzir a pena de Morte na Cidade de Maputo, ou o direito a reforma a todas as vendedeiras dos mercados da Matola pelo MDM.

Mas o mais bonito mesmo foi ver as lideranças dos órgãos eleitorais, CNE e STAE, a cantarem na véspera do dia 20 de Novembro que tudo estava acautelado para a votação, para, na hora de verdade, surgir em Nampula uma Filomena Mutoropa, então desconhecida noutras cidades, a reclamar exclusão no boletim do voto.

Com direito a lágrimas em directo no canal público de televisão, a candidata do PAHUMO entrava na história, e logo a seguir chorava de alegria, porque confirmava-se o adiamento da eleição presidencial em Nampula.

Mesmo banhada de lágrimas, Mutoropa saia assim linda numa fotografia que a CNE e o STAE devem conservar nas entradas dos gabinetes de suas lideranças para a eterna posteridade.

 

Galaroz do Desporto

 

para Diamantino  Miranda

 

Este galo cresceu numa capoeira sem qualquer disciplina, na desordem e bagunça, daí as letras dos seus cantos chocarem com hábitos e costumes da maioria.

Foi expatriado para Portugal, depois que cantou o seguinte refrão “todos os moçambicanos são ladrões e que este pais não é serio. Você é pago por um prato de sopa!” E coisas que tais.

Frustrado com os resultados do Costa do Sol, o treinador Diamantino Miranda misturou alhos e bugalhos, a ponto de nem as lágrimas e pedidos de desculpas convenceram a Ministra do Trabalho a recuar na decisão.

Diamantino, de óculos negros, crista em riste e olhos fechados, foi cantar para outras bandas, deixando para trás zero saudades na plateia moçambicana.

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