“Quanto mais o homem fala de si, mais deixa de ser ele mesmo. Dê-lhe uma máscara e ele dirá a verdade” – Oscar Wilde
As eleições terminaram. Ele, segundo dizem, está amargurado. Frustrado, talvez. Zangado, um pouco. Tornou-se um proscrito dentro dos seus colegas. Há quem jure que ele agora vive no populoso bairro da Munhava, mas não há certezas nenhumas de que tal seja verdade. Sendo líquido que não há fogaréu que não deite fumaça, muitos garantem que o tem visto. Uma senhorita, com glúteos avantajados, jurou mesmo ter ensopado lençóis com o dito cujo. Verdade? Mentira? Ninguém sabe… até porque os dias que antecederam o sumiço do tal, foram de muita lufa-lufa.
Diz-se que ele foi escolhido por unanimidade. Não havia páreo. Ele era o tal. Os aplausos que se seguiram, soaram como testemunhos viscerais de que não havia mais nada a fazer. A história estava, por assim dizer, consumada. O candidato estava encontrado. Ele prometia mudanças generosas para todos nós, pobres almas viventes. Ele, porque guiado pelos antepassados gloriosos, jactava-se de sabedorias artistótelicas. Lembrava-se, como quem se recorda da dor de unha arrancada, do discurso do “chairman” da reunião, que garantira haver entre os quadros partidários, militantes com notoriedade e conhecimento profundo e transversal do país, das políticas públicas, das instituições democráticas e cívicas, da realidade geopolítica internacional, da participação nas Nações Unidas, na CPLP, na SADC, na Commonwealth e em todas as demais plataformas internacionais. Leia mais…