A cultura forma sábios; a educação, homens. (Louis Bonald).
Assim também se pode descrever a troca havida durante 59.ª edição da Feira Internacional de Maputo – FACIM. O espaço serviu o que há de mais nobre na vida do ser humano: houve show de educação e cultura, protagonizado por diferentes actores saídos de diferentes pontos do país e por várias instituições de ensino.
Dos artefactos ali expostos, alguns chamam atenção por abrigarem a história duma nação que se impõe de diferentes maneiras num mundo globalizado, mas que guarda espaço para identificação dos traços que a compõem.
Desde as máscaras de mapiko ao trabalho no pau preto, as mãos do mestre esculpem a poesia que canta a mulher chefe de família, líder, esposa e mãe de todos os homens que respiram na terra. São miniaturas cuja simbologia reflecte convicções e a convivência na comunidade; esculturas talhadas lá nas bandas de Cabo Delgado, especialmente no planalto de Mueda, e também em Nampula e Manica, que sugerem a importância da união entre casais e filhos; mostram a vida em momentos de alegria e tristeza, onde culturalmente não falta o batuque – tam-tam-tam…, sons que agradam os espíritos e promovem a paz entre vivos e mortos. “Nós tocamos em cerimónias. Faz parte da nossa realidade, da nossa cultura: dos mandaus, masenas, matewes…”, disse Artur Saíze, expositor de Manica. Leia mais…