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Sociedade civil solicita fundos para redução da desnutrição

Por admin

A plataforma da Sociedade Civil envolvida na iniciativa Global da Expansão da Nutrição (SC-SUN) defendeu semana finda em Maputo a necessidade de se reforçar a mobilização de fundos junto do Governo, sector privado e outros parceiros de modo a intensificar as campanhas de advocacia para acelerar a luta contra desnutrição no país.

O incremento de fundos visa inverter o cenário descrito no Inquérito Demográfico de Saúde de 2011, segundo o qual 43 por cento de crianças menores de cinco anos sofrem de desnutrição crónica.

A sociedade civil apelou, em paralelo, ao reforço da aposta na promoção e melhoramento de culturais agrícolas locais.

A plataforma da sociedade civil trabalha em parceria com o Governo, sector privado e doadores. Para além de Maputo, o movimento está representado nas províncias de Inhambane, Tete e Nampula.

Participantes provenientes de diferentes organizações envolvidas na iniciativa de expansão da nutrição foram unânimes em afirmar que a prioridade no momento é aumentar o valor nutricional dos alimentos produzidos pelas populações.

Sublinharam que com este procedimento estarão criadas condições para desenvolvimento de culturas básicas ricas em micronutrientes com alto potencial na absorção de pró- vitaminas A e concentrações de zinco/ ferro, melhorando, deste modo, a dieta alimentar das populações.

“Temos muitas culturas com alto valor nutricional e ao alcance da população, entre elas a batata de polpa alaranjada, mandioca e banana, alimentos ricos em vitamina A. Também temos o feijão, o milho- miúdo  que são também ricos em ferro”, sublinhou Dércio Matale, da Organização Helen Keller.

Almeida Tembe, representante do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN), referiu que existem ainda desafios a curto, médio e longo prazo para se reduzir a desnutrição no país. 

Acrescentou que para o efeito urge a necessidade de criação de mecanismos de coordenação de políticas a nível do Governo e apelou à necessidade de se estabelecer mecanismos efectivos de coordenação aos níveis provincial e distrital.

A longo prazo, salientou a necessidade de se assegurar financiamento suficiente ao Orçamento do Estado de modo a se promover a segurança alimentar no país.

Luísa Jorge

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