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Governo avalia qualidade de cursos e programas universitários

Por admin

O Conselho Nacional de Avaliação de Qualidade do Ensino Superior em Moçambique (CNAQ) vai, no primeiro trimestre do próximo ano, avaliar aspectos qualitativos de organização e funcionamento de cursos e programas de ensino e aprendizagem nas instituições de ensino superior em Moçambique.

Numa primeira fase, a avaliação abrange dez instituições de ensino superior, previamente seleccionadas nesta fase inicial. A testagem de avaliação vai ser executada por equipas de académicos moçambicanos, designadas por avaliadores externos já seleccionados.

Segundo Eduardo Sitoe, responsável do CNAQ, as instituições abrangidas nesta fase inicial de avaliação dos cursos e respectivos programas de ensino e aprendizagem são o Instituto Superior de Tecnologias e Comunicações, a Universidade Jean Piaget, a Universidade Zambeze, a Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e A Politécnica, que serão avaliadas no domínio dos cursos e programas de engenharias.

Nas ciências de medicina e saúde vão ser abrangidos a UEM, o Instituto Superior de Ciência e Tecnologia de Moçambique (ISCTEM), Universidade Católica de Moçambique (UCM) e a Universidade Zambeze (UniZambeze) que leccionam este tipo de cursos.

Em áreas do saber sobre administração e gestão, a inspecção avaliativa dos cursos e programas vai se focalizar nas universidades A Politécnica, Universidade São Tomás de Moçambique (USTM) e a Universidade Técnica de Moçambique (UDM).

Na primeira fase de avaliação no âmbito da educação, o enfoque será para os cursos que se ministram na Universidade Pedagógica (UP) e na UEM. Para se avaliar eficazmente a qualidade dos cursos referidos, decorre, neste momento, o processo de socialização dos futuros avaliadores com requisitos mínimos do nível de doutoramento em diversas áreas do conhecimento no norte, centro e sul do país.

Segundo soube o domingo, o estágio actual de preparação foi precedido por diversas acções ao nível do CNAQ, salientando-se a conclusão de todo o processo relativo ao treinamento de avaliadores internos nas instituições de ensino superior.

Foi ainda estabelecida a conclusão da produção dos instrumentos de orientação de todo o processo de avaliação de qualidade, consubstanciando o guião para a auto-avaliação de cursos e programas e das instituições, o manual da avaliação externa de cursos e programas, o manual da avaliação externa das instituições e o código de conduta do avaliador externo, bem como se procedeu à assinatura dos termos de referência com as lideranças universitárias que farão parte desta experiência-piloto de avaliação de qualidade.

O facto de Moçambique se ter subscrito, ao nível regional e da União Africana (UA), em convenções que se consagram nos parâmetros de adesão necessária de uma educação de qualidade de ensino superior, faz com que, internamente, comece a olhar para a componente de formação superior com alguma rigorosidade.

MOÇAMBIQUE ACOLHE

CONFERÊNCIA SOBRE ENSINO SUPERIOR

Moçambique acolhe em Maio do próximo ano a Conferência Internacional de Avaliação de Qualidade de Ensino Superior em África, onde terá a oportunidade de partilhar suas experiências de avaliação de qualidade de ensino superior com outros países.

Aspecto relevante a realçar, segundo os últimos dados estatísticos divulgados em Moçambique, referentes ao ano 2011, relaciona-se ao facto de as instituições de ensino superior formarem em número significativo profissionais em ciências humanas do que em ciências exactas, facto que deriva em desequilíbrio ao se observar as exigências reais pretendidas nos desafios que surgem nas áreas de conhecimento despoletadas, por exemplo, com as descobertas nos sectores de recursos minerais em diferentes regiões nacionais. 

Artur Saúde

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