Meu corpo dormente ressentiase da dureza das actividades cumpridas no dia. Estava a bordo de uma carrinha de 32 lugares, que circulava numa larga avenida de Deli, na Índia. Refastelada num recanto escolhido a dedo, navegava nos meus pensamentos numa terra até então pouco conhecida, onde o cenário verdejante contrastava com os bosques secos tropicais, e a vida dos seus habitantes corria distribuída num cenário antitético de extrema riqueza e extrema pobreza, denunciado por crianças raquíticas, de olhares atónitos, que passavam o dia a vaguear, pedindo esmola debaixo da ponte e noutros pontos da capital daquele país asiático.
Num dos semáforos da estrada, uma indiazinha de olhos negros, cabelos pretos revoltos apareceu colada ao vidro transparente do automóvel no qual eu seguia. Trajava um vestido verde amarfanhado. Leia mais…