A Rússia está, desde semana passada, a enfrentar confrontos militares dentro do seu próprio território. Soldados ucranianos fizeram uma incursão militar na região fronteiriça de Kursk, onde alegam ter tomado o controlo de várias povoações.
As autoridades russas confirmam ter havido uma “provocação em grande escala” dos ucranianos, mas prometem uma resposta “adequada”. Tendo em conta que é a Rússia que, primeiro, invadiu o território da Ucrânia, em 2022, é caso para dizer que o “feitiço virou contra o feiticeiro”. Ou seja, a vítima de invasão, a Ucrânia, decidiu, ela mesma, ser protagonista de uma invasão ao território do invasor, a Rússia.
Enquanto os dois “inimigos” se degladiam, surgem dilemas nas lideranças de Moscovo e de Washington sobre o significado da incursão militar ucraniana, especialmente se ela levar à escalada do conflito.
Ao que tudo indica, o ataque ucraniano ao território russo apanhou de surpresa tanto os líderes russos bem como os ocidentais. Certamente que Moscovo não estaria à espera que Kiev tivesse a ousadia de ordenar uma incursão militar dentro da Rússia, especialmente porque, aparentemente, tal dependia de autorização para o uso de armas dos EUA. Leia mais…