O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) deteve ontem dois indivíduos indiciados de envolvimento no crime de rapto nas cidades de Maputo e Matola.
De entre os detidos, uma é apontada como mandante e, segundo o SERNIC, ela realizava as suas operações com a ajuda do filho que se encontra em Portugal e um sobrinho, que está no país, mas em parte incerta.
O outro detido é motorista da família desde o ano de 2005.
A suposta mandante nega o seu envolvimento no crime e disse à imprensa que apenas assinava cheques sob orientação do seu filho e sublinhou que os montantes variavam entre 200 a 300 mil Meticais e que o dinheiro era destinado à execução de obras nas cidades de Maputo, Matola, e na vila municipal da Matola-Rio.
Disse ainda que as casas destinavam-se ao arrendamento para habitação e actividades comerciais.
O outro indiciado, motorista, afirmou que fazia entrega do dinheiro desde o ano de 2016 às pessoas que supostamente eram responsáveis pela execução das obras.
O porta-voz do SERNIC, na cidade de Maputo, Hilário Lole, disse que a detenção da dupla é no âmbito das investigações em curso para o esclarecimento sobre os últimos casos de rapto registados na cidade de Maputo, que culminou com a apreensão, no mês passado, de duas casas que eram usadas como cativeiro, sendo uma no bairro de Tchumene , município da Matola, e no bairro de Djonasse, no município da Matola rio.
Lole disse ainda que as equipas de investigação trabalham ainda para a neutralização do outro mandante, sobrinho da cidadã detida, que se encontra foragido.