A despeito de recentes desassossegos desde Abril criados pela Renamo, o país está no caminho certo, embora de semblante carregado. As discrepâncias sociais económicas evidentes na sociedade são também sinónimo de crescimento, embora neste caso o princípio de equidade deveria ser aquele que melhor define uma sociedade mais conseguida e justa.
Mas hoje em dia é dificílimo encontrar sociedades justas, porque mesmos as grandes economias sentem-se impotentes em fiscalizar sem derrapagens as contas públicas face às despesas e exigências do estado social.
Para muitos moçambicanos, em especial aqueles a viver lá para Muxúngue na província de Sofala, a minha solidariedade. Os dias de hoje são de insegurança, obra e graça dos mesmos bandidos que há anos foram cometendo crimes dos mais horrendos contra Moçambique e os moçambicanos
O nosso presidente tem uma missão espinhosa: manter a porta a porta do diálogo com alguém que manda assassinar moçambicanos, não sendo fácil, exige um estômago à altura de grandes políticos. Fechar a porta não lhe ficava bem, embora a meu ver quer Dlhakama, quer Bissopo no contexto político nacional deixaram de ser interlocutores válidos, podendo mesmo a curto ou longo prazo serem indiciados pelo Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade.
As FDS estão a cumprir a sua missão constitucional em defesa da integridade territorial, depois de atacadas e verem as populações aterrorizadas por obra de terroristas.
Todos querem a paz mas não pode ser uma paz podre, nem a qualquer preço. Nem se pode recorrer ao AGP porque esse é passado.Temos uma constituição e um parlamento eleito onde se devem dirimir as questões contrárias que nos dividem. Não se pode dar um passo em falso para acontentar vozes dissonantes que ecoam para além da razão, vilipediando e pondo causa todo o caudal de sucesso amealhado para construir a integridade que nos afirma. Tenho ultimamente vivido de semblante carregado, quando deveria ser de alegria. É que se tiver de haver uma revisão na Constituição, só se for apenas dentro do quadro parlamentar, e não para acomodar intereses pontuais daqueles que usam o terrorismo como arma de pressão.
As pressões são imensas. Os recursos descobertos tornaram o país no centro de atencões de uma media internacional sequiosa de histórias de dramas do tipo diamantes de sangue.
Mas há vozes internas a omitir a verdadeira razão que lhe motiva, nem qual o desiderato que os anima, nesta frontal ataque ao nosso Comandante em Chefe em momento delicado a exigir firmeza e liderança. Há que haver coragem e chamar as coisas pelo nome.
Armando Guebuza é um lider natural que nos vem ensinando que o melhor de todos nós está por vir com os recuros naturais que Moçambique dispõe. Para ele o empreededorismo é visto como um meio e não um fim. Ele pode ser fatal ao crescimento se soubermos com que lidamos e na perfeição de quem entende os mecanismos reguladores na gestão dos negócios. Moçambique necessita de todos aqueles que possam ajudar a extrair a riqueza da terra, e enquanto isso vamos aprendendo as técnicas de extracção participando no transporte, distribuição até à comercialização. Somos todos poucos na empreitada que o país requer de todos nós sem politiquices e lamechices que às vezes nos atormenta
A política deve ser vivida dos políticos e estes não podem usar a política para ser ricos ou fazer dinheiro. Existe uma incompatibilidade entre ambos que não pode ser contornada senão por leis e reforço de leis que nos permitam viver fora da desconfiança e conflito de interesses. Neste mundo de imperfeições não podemos nos alhear da figura pública que nos olha como exemplo de homem acima de qualquer suspeita num país que aos 38 anos lhe exigiu ter comportamentos milenários. Os adversários de Moçambique não perdoam o facto de vencermos um ciclo de batalhas porque o presente é uma bataha e os adversários muitas vezes comemos com elas à mesa. Continuamaos vulveráveis como no primeiro dia em que disparamos o primeiro tiro dos vários que vieram depois, dos vários que virão até que a tranquilidade e segurança reste para sempre e Moçambique seja de facto o país que os nossos pais quiseram e sonharam que fosse. Temos as eleições autárquicas e para ano a legislativas e presidenciais. O mundo nos olha tam-bem com inveja, porque apesar dos infortúnios continuamos a ser genuinos nas coisas que fazemos. Os munícipes de 53 autarquias foram actores principais do exercício de uma democracia que abraçamos. Um direito cívico é constitucional numa democracia a funcionar para além do imaginável e dos escolhos ameaçadores, pois essa é a via que nos anima como país em progresso permante contra os adversários que remam contra o progresso da Pátria Amada.
Quando lemos que a secreta portuguesa enviou informações codificados sobre Moçambique à NRA, ficamos a indagar o tipo de cooperação e tipo de cooperantes que temos vindo a sustentar. Para o ocidente seremos sempre africanos, e por mais que comunguemos a mesma língua e nos anelemos em bloco linguístico, a prioridade está em definir qual a parceria geopolítica estratégica em que nos situamos. Somos africanos e aí para que temos de virar a parceria estratégica, mantendo naturalmente uma cooperação com todos povos e países.
A Luta continua!
Inacio Natividade