O79.º memorial da culpabilidade dos EUA em Nagasaki, no Japão, se tornou, semana passada, no centro da rixa geopolítica que opõe o Ocidente à Rússia, embora esta última nem sequer tenha sido convidada.
O presidente do município de Nagasaki, Shiro Suzuki, decidiu excluir o embaixador de Israel da lista de convidados à cerimónia que anualmente recorda as vítimas da bomba atómica lançada pelos EUA. Contrariado pela “ousadia” de Suzuki, o Embaixador dos EUA, Rahm Emanuel, decidiu gazetar ao evento por considerar que a exclusão do seu aliado natural significava uma “politização” do evento.
O incidente, que resulta da carnificina israelita contra os palestinianos em Gaza, acabou colocando o Japão no lado contrário ao dos seus aliados do G7, já que os outros cinco membros do agrupamento solidarizaram-se com Emanuel e, eles também, gazetaram ao evento.
Ao que tudo indica, os aliados do Japão no G7 não gostaram de ver Israel ser equiparado à Rússia e à Bielorrússia, visto que estes eram, até à data, os únicos países não convidados por causa da invasão russa à Ucrânia e ao apoio “incondicional” da Bielorússia à ofensiva de Moscovo. Portanto, a decisão do presidente do município de Nagasaki sinaliza que Rússia, Bielorússia e Israel são “farinha do mesmo saco”. Leia mais…
Nagasaki equipara Israel à Rússia e Bielorrússia
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