Milhares de atletas, de quase todo o mundo, estão reunidos na cidade parisiense, França, onde buscam a glória que só os Jogos Olímpicos podem proporcionar. Curiosamente, enquanto o mundo está de olhos no frenesim dos atletas, uma figura, singular, altaneira e enigmática, foi vista olhando para as águas do rio Chiveve, aquele sulco de águas que corta a “meio” a cidade da Beira.
Quando os rumores sobre tal figura me chegaram, a tarde já estava tingida de púrpura. Lesto, fiz-me ao local. O enigmático homem, olhava fixamente para as águas do Chiveve. Reconheci-o. Era indubitavelmente o Pierre de Frédy, ou simplesmente Barão de Coubertin, considerado o fundador dos Jogos Olímpicos da era moderna. Que fazia ali tão ilustre figura, junto do ramerrão Chiveve, ao invés do Sena?
À saudação inicial, pareceu absorto em outras latitudes. Depois, esboçou um sorriso. De seguida, de chofre, perguntou: “Este rio vai até Maputo? É que preciso encontrar uma pessoa que me escreveu umas tantas cartas…”
Pensei, só pode ser o Almiro Santos, que verteu algumas cartas no “Notícias”. Soltou um “Oui”. Então ele buscava pelo Almiro Santos. Caramba. Perdera o seu rico tempo. Almiro, por estas alturas, está precisamente em Paris, França, onde decorrem os Jogos. Leia mais…
Coubertin no Chiveve
375
Artigo anterior