Bula-bula há muito que pondera criar o “Prémio Moussambani” para atribuir a figuras que conseguem transformar processos simples em coisas complexas.
A ideia nem é atingir ao Eric Moussambani, jovem da Guiné Equatorial que participou nos Jogos Olímpicos de Sidney, no ano 2000, mas aproveitar a similaridade do seu apelido, que em muito remete para Moçambique…
É que Eric, por artes, berliques e berloques, quatro meses antes, ouviu na rádio que o comité olímpico local procurava nadadores para irem a Sidney. Inscreveu-se e… aquilo que nunca tinha sonhado aconteceu. Estava lado a lado com Michael Phelps, recordista mundial e olímpico, para juntos disputarem 100 metros livres.
Phelps fez o percurso em 47 segundos e o nosso Moussambani levou 1:52 segundos, ou seja, ficou a nadar sozinho enquanto outros davam entrevistas e abriam champanhe.
No nosso caso, o “Prémio Moussambani” seria atribuído ao “guarda-redes” do processo da construção da estrada Marracuene-Albazine, na cidade de Maputo, que está a gerir o processo como se fosse sua bola.
O Banco Africano de Desenvolvimento já desembolsou os sete milhões de dólares ao Estado Moçambicano para a obra, que tem uma extensão de cerca de 10 quilómetros. O empreiteiro foi escolhido há quase um ano, mas o fiscal não, pelo que está tudo parado. Motivo?…
Bula-bula, que tem ouvidos de tipo radar, ouviu por aí que há uma shot-list (lista curta) de concorrentes a fiscais que provavelmente ainda “não falaram como Homem”. Para desagrado dos beneficiários, a época chuvosa está ao virar da esquina e será um vê se te avias. A culpa? Pode ser do “refresco”.
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