O sistema financeiro nacional está a registar escassez de divisas nos últimos meses devido à queda de receitas nas exportações e ao aumento das importações, sobretudo de produtos alimentares e medicamentos, facto que está a gerar desconforto nos empresários por causa dos atrasos no pagamento de bens e serviços importados.
Conforme referiram, este fenómeno acontece depois da retirada da provisão de divisas pelo Banco de Moçambique (BdM) para o pagamento de importações de combustíveis, facto que originou a demanda por divisas para suportar outras importações essenciais.
A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) entende que as necessidades não satisfeitas de importações, que ocorreram desde Janeiro deste ano, já ascendem a 400 milhões de dólares e que em Janeiro e Fevereiro houve uma queda média mensal de 2,3 por cento nas importações.
Na mesma senda, a CTA diz que, no primeiro trimestre de 2024, a redução de importações foi de 2,5 por cento em comparação ao mesmo período de 2023 e sublinha que isto acontece numa altura em que o regulamento cambial estabelece que os bancos comerciais devem converter, obrigatoriamente, 30 por cento da receita de exportação dos seus clientes para disponibilizar no mercado.
Por outro lado, aponta que “os bancos comerciais têm exibido, em média, uma posição cambial positiva, indicando uma liquidez adequada para as necessidades do mercado, mas enfrentam desafios na distribuição equitativa dessa liquidez”. Leia mais…
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