TEXTO DE ALMIRO SANTOS, EM PARIS
Quando Ernest Hemingway escreveu “Paris é uma festa” estava longe de imaginar que, volvidos quase 60 anos, os sinais e os vestígios desta autêntica celebração da moda e do reconhecido requinte francês fossem tão actuais numa cerimónia de abertura que marcou o regresso dos jogos olímpicos a Paris, 100 anos depois do evento que consagrou o barão Pierre de Coubertin como o mentor das olimpíadas da Era Moderna.
É verdade que o escritor norte-americano descreve, no seu livro, a moda única e a boémia ímpar de uma cidade profusamente iluminada, mas em momento nenhum aborda a ousadia dos franceses, o inédito arrojo que poderia fazer prever a excêntrica cerimónia que decorreu no rio Sena e em todos outros emblemáticos monumentos de Paris, como o La Concorde, a Esplanada dos Invalides, o Museu d’Orsay, o Grand Palais e a Torre Eiffel.
Pela primeira vez na história dos jogos olímpicos, a cerimónia de abertura foi realizada fora do habitual cenário que um estádio de futebol pode proporcionar. Os franceses deram azo à sua imaginação e inovaram.
Todas as delegações, representativas dos 206 países presentes nos jogos de Paris, desfilaram pela primeira vez a bordo de uma embarcação, cada uma delas diferente da outra e com elementos alegóricos que identificavam a sua origem, a começar pelas respectivas bandeiras nacionais. Leia mais…
