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CRISE DO PALMAR: Galinha à zambeziana e mukapata em risco

Por Jornal domingo

A crise do coqueiro está a colocar enormes desafios aos chefes de restaurantes e hotéis da cidade de Quelimane na confecção da galinha à zambeziana e mukapata, um prato tradicional muito procurado por turistas nacionais e estrangeiros.
Estes pratos tornaram-se o cartão-de-visita da província nos últimos trinta anos e correm ao risco de perder o sabor característico devido à falta do coco, um dos principais condimentos usados na sua preparação, causado pelo amarelecimento letal do coqueiro na Zambézia.
Chefes de restaurantes e hotéis abordados há dias pela nossa Reportagem, na cidade de Quelimane, dizem que a crise ecológica no subsector do palmar está a ter impactos negativos não só na economia, devido à redução de exportações, como também gerou crise alimentar, nutricional e insegurança alimentar.
Em conversa com a nossa Reportagem, Gracinda Rodolfo, chefe de cozinha há trinta e cinco anos, disse que a província até tem recebido coco de outras partes do país, mas não é tão natural e leitoso como o local.

Para ela, a situação tem afectado a qualidade dos pratos, que são alguns dos mais procurados em hotéis, restaurantes, casamentos, aniversários e nas famílias.
A entrevistada, que falava durante a exposição gastronómica da Zambézia, na primeira edição do Festival Bonifácio Gruveta, acrescentou que o coco local está cada vez mais raro e, quando aparece no mercado, o valor da compra é extremamente alto, o que implica também aumentar o preço do prato, quando colocado à disposição do cliente. Leia mais…

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