O Governo moçambicano comprometeu-se junto do Fundo Monetário Internacional (FMI) a eliminar cerca de cinco mil trabalhadores “fantasmas” que beneficiam de salários e outras remunerações na Função Pública.
A acção deverá ser levada a cabo nos próximos meses e é apontada como uma das medidas para conter as despesas com a massa salarial.
“As despesas com a massa salarial estão projetadas em 14,8 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, 0,8 pontos percentuais mais alto do que a terceira revisão feita em Dezembro”, aponta o relatório final da quarta avaliação ao programa de Facilidade de Crédito Alargado (ECF), na sigla em inglês) a Moçambique, concluída este mês.
No documento do FMI é referido que o Ministério da Economia e Finanças (MEF) tem em curso um plano para contenção da massa salarial que, entre outras medidas, prevê o congelamento dos salários em 2024 e 2025 e outras “medidas corretivas”, incluindo “eliminar cinco mil trabalhadores fantasmas” e “retirar da folha de pagamento todos os empregados que recebem salário e pensão simultaneamente”, para além da “redução do complemento de antiguidade em 50 por cento em todo o setor público, excluindo magistrados e médicos”.