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MANICA: “Mandie” chora por uma ponte

Por Maria Cossa

A época chuvosa tem sempre um sabor agridoce para a população do posto administrativo de Mandie, lá bem à norte de Manica, no distrito de Guro, precisamente. É que, se por um lado, se pode festejar pelas abundantes colheitas, por outro, “chora-se” por se tornar difícil atravessar o rio Luenha até a outra margem que fica na província de Tete, cuja cidade é-lhes mais próxima do que Chimoio.
De Mandie para Chimoio é preciso percorrer 345 quilómetros de viagem, com bastantes solavancos à mistura. Para a cidade de Tete, os solavancos estão lá, mas a distância é menor. São apenas 88 quilómetros.
Essencialmente, em termos de horas, os residentes de Mandie, gente de sorriso fácil em meio a adversidades, têm de sentar por cerca de 7 horas de viagem na época chuvosa para chegarem à cidade de Chimoio. Porém, no período seco, bastam-lhes cerca de 10 minutos de caminhada pelo rio Luenha até à outra margem, no distrito de Changara (Tete).
A distância, obviamente gritante de Mandie à capital provincial de Manica, tem feito com que a vizinha província de Tete seja a melhor opção, excepto quando a chuva cai. Nessa altura, é preciso recorrer-se a canoas, cujos canoeiros cobram de 150 a 250 Meticais por pessoa, dependendo do quão elevado está o nível do rio. Leia mais…

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