Numa manhã de quarta-feira, quando os termómetros rondavam os 18 graus, Normelia Afonso, uma adolescente de 17 anos de idade, teve de interromper a aula. Estava com dificuldades para respirar. O mal-estar tinha iniciado no dia anterior, mas não lhe havia dado importância. Seguiram-se fortes dores no peito. Os sintomas intensificavam-se. Mesmo assim, a adolescente recusou-se a usar o inalador que sempre leva consigo na pasta. Aliás, confessa que nunca usou, foi assim aconselhada, para não se tornar dele dependente.
Já na unidade sanitária foi-lhe administrada uma medicação para desobstruir as vias aéreas e receitada outra que vai cumprir à risca, afinal, conhece o mal que a atormenta há alguns anos: a asma. Trata-se de uma doença crónica, caracterizada pela inflamação das paredes dos brônquios, dificultando a respiração.
Ainda que a manifestação da doença dependa dos factores que a desencadeiam, as mais comuns têm sido a tosse, chiados respiratórios, dificuldades para respirar, opressão no peito e sensação de cansaço. As crises da asma podem durar minutos, horas e até dias.
Apesar de se tratar de um quadro controlável quando o asmático é submetido ao tratamento adequado, a doença tem levado vários pacientes às enfermarias dos hospitais do país, sobretudo em dias frios, razão pela qual figura entre as doenças respiratórias mais comuns, assolando, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), perto de 300 milhões de pessoas no mundo. Leia mais…
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