O mundo está a caminhar, perigosamente, para o risco da eclosão de uma III Guerra Mundial. Os líderes da Rússia, Vladimir Putin, e da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, formalizaram, semana passada, um pacto de defesa mútua. O novo tratado eleva o relacionamento dos dois países para uma “parceria estratégica abrangente” e específica que proponhe que se qualquer uma das partes entrar em guerra após ter sido invadida, “a outra parte fornecerá assistência militar e outra ajuda com todos os meios em sua posse, sem demora”. Com o acordo assinado, sela-se uma aliança militar, cujo objectivo primário é contrabalançar a aliança militar comandada pelos Estados Unidos da América (EUA): a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Tal como aconteceu nas vésperas da I Guerra Mundial, assim como antes e durante a Segunda, o sistema de alianças militares parece pretender voltar a dominar o sistema internacional e, com isso, eleva-se o risco de eclosão de uma III Guerra Mundial.
As alianças militares, com o pacto formalizado na semana passada, enquadram-se no conceito de defesa colectiva, que é preferido pelos Estados em face da “impossibilidade” da aplicação do princípio de segurança colectiva. Um pacto de defesa colectiva é um acordo de segurança através do qual Estados ou outras entidades concordam em trabalhar juntos na defesa, ao invés de cada um defender apenas a si próprio. A defesa colectiva guia- -se, portanto, pelo princípio de que “um ataque contra um Aliado é considerado um ataque contra todos os Aliados”. Não é por acaso que o recente acordo de Vladimir Putin e King Jon-Un prescreve que “se qualquer um dos lados entrar em guerra após ter sido invadido, o outro lado fornecerá assistência militar e outro ajuda com todos os meios em sua posse, sem demora”. Esta colocação faz lembrar as alianças que tinham sido criadas antes da I Guerra Mundial, da qual foram uma das suas maiores causas. Leia mais…
Defesa colectiva – alianças rumo à III Guerra Mundial?
224
Artigo anterior