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CENTROS DE ACOMODAÇÃO: Vida dura…

Por Hercília Marrengule

No corredor da infra-estrutura que um dia funcionou como centro infantil, alimentos são confeccionados, refeições são passadas. Tudo é feito a escassos metros de duas casas de banho disponíveis para membros de 26 famílias.
Estamos no centro de acomodação instalado no bairro de Hulene B, na cidade de Maputo, onde falta quase tudo, desde condições de higiene à privacidade. A vida por aqui é dura! O que era para ser um centro provisório, com apenas três cómodos, acolhe várias pessoas: homens, mulheres e crianças.
E tal como aquelas famílias, há muitas outras distribuídas em 16 abrigos, em escolas, igrejas, na cidade e província de Maputo. São mais de duas mil pessoas que, de um dia para o outro, se viram obrigadas a abandonar tudo o que construíram ao longo das suas vidas, devido às adversidades naturais, que ciclicamente provocam inundações urbanas na cidade e província de Maputo e não só.
Bairros como Hulene, Magoanine, Mahotas, Costa do Sol, na cidade de Maputo, Nkobe, Tsalala, Mwamatibjana na Matola, 25 de Setembro, Tedeco, na província de Maputo, são alguns exemplos.
DRAMA NA PRIMEIRA PESSOA

Depois da chuva de Fevereiro de 2023, Amélia Mahoque e sua família foram forçados a abandonar a casa onde viviam há mais de uma década. Foram acolhidos no Centro da Alegria, na cidade de Maputo. Apesar de viverem em total aperto tiveram de ali parar porque a situação se tornou insustentável. A água da chuva invadiu a casa de tal modo que não lhes restou alternativa. A água, segundo conta, chegou à altura do peito. Nenhum bem material foi salvo. Leia mais…

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