Bula-bula esteve a pensar com os seus botões sobre como os humanos perderam a sensibilidade para com a vida deles mesmos, a ponto de celebrarem a desgraça alheia e, em alguns casos, com um brinde.
Caricato mesmo é que o país tem mais de mil instituições religiosas legalmente registadas e outras tantas de fundo de quintal, mais curandeiros, mais charlatães… enfim, que são frequentados por milhões de indivíduos.
Todavia, mesmo com a Bíblia Sagrada à mão, são muitos os que não se importam com a dor, sofrimento, injustiça e agonia do seu próximo. Apressam-se à igreja deixando para trás um irmão doente ou gravemente ferido. É por estas e outras que Bula-bula começa a achar que a compaixão, respeito e o amor devem ter sido jogados há muito tempo em sarjetas entupidas de águas negras, pelo que ninguém ousa ir lá resgatar. Só de imaginar o cheiro nauseabundo e o trabalho de lavar e devolver ao seu lugar, o melhor é viver sem essas fofices. É como se todos tivéssemos aterrado no inferno e a única coisa que resta é abraçar o diabo. Leia mais…
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