Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, consolidaram, semana passada, a parceria estratégica, e “sem limites”, que anunciaram em 2022. Em visita à China, o presidente russo e o seu homólogo chinês assinaram uma declaração conjunta onde destacaram o aprofundamento da parceria estratégica abrangente entre os seus dois países. Para os dois líderes, a relação entre a Rússia e a China é uma “força estabilizadora no mundo”. Com este anúncio fica claro que nem as recentes pressões dos líderes europeus aquando da visita de Xi Jinping à Europa e nem a viagem de Anthony Blinken, secretário de Estado dos EUA, à China foram suficientes para dissuadir o líder chinês a aprofundar o seu relacionamento com Putin ou para pressionar o seu homólogo russo a pôr fim à guerra na Ucrânia.
A viagem de Putin à China é a primeira que faz ao exterior desde que foi reeleito para um quinto mandato. A visita, que para Putin serviu para mostrar ao Ocidente que ainda tem aliados poderosos, mostra que Jinping não se deixa influenciar pelos comandos de Washington ou da Europa. Há algumas semanas, o secretário de Estado dos EUA fez uma viagem à China onde foi apresentar as preocupações do seu país em relação ao aprofundamento das relações bilaterais entre Pequim e Moscovo e especialmente pelo suposto apoio da China ao esforço de guerra da Rússia na Ucrânia. Do mesmo modo, durante a visita de Xi Jinping a alguns países da Europa, os líderes europeus procuraram pressionar o líder chinês a exercer influência sobre a Rússia em relação à questão da Ucrânia. Essencialmente, o Ocidente continua a tentar isolar Moscovo minando as suas relações com actores que se recusam a impor sanções à Rússia ou a condenar a invasão à Ucrânia. Leia mais…
Consolida-se a “força estabilizadora no mundo”
207
Artigo anterior