O jovem escritor Eduardo Quive lança, no dia 15 de Maio, no Centro Cultural Franco-Moçambicano, cidade de Maputo, o seu mais recente livro de contos intitulado “Mutiladas”, que sai sob chancela da Catálogos.
O livro, de 101 páginas, conta com 200 exemplares, podendo chegar a mil, à medida que as livrarias forem solicitando, sobretudo as recentemente abertas no centro e norte do país. Está dividido em duas partes. A primeira, intitulada “Cor de sombra”, tem cinco contos que giram à volta da realidade crua e nua que se vive entre a cidade e província de Maputo, lugares onde o autor se move diariamente.
A segunda parte, que leva o nome “Outros caminhos”, é composta por sete contos produzidos em Portugal, em 2022, durante uma residência literária, sendo eles um retrato mais intimista e introspectivo (até biográfico) das sensações que foi tendo ao longo dos momentos de isolamento.
Há uma linha contínua que cose os últimos três livros do autor, nomeadamente “O abismo aos pés”, uma série de entrevistas feitas a 25 escritores lusófonos durante a pandemia da Covid-19, a responderem sobre o fim do mundo e que saiu em dupla coordenação com Elton Pila; “Para onde foram os vivos”, livro de poesia que saiu no ano passado; e este “Mutiladas”. É que o autor consegue dar continuidade à sua linha de reflexão, escrevendo sobre a precariedade da vida e os problemas sociais, tendo sempre como pano de fundo a morte, violência, tristeza, insegurança, no exercício para encontrar a essência do humanismo. Leia mais…
As “Mutiladas” de Eduardo Quive
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