O presidente da Comissão de Administração Pública, Poder Local e Comunicação Social, Alfredo Gamito diz que o Parlamento precisa de discutir as causas da actual tensão política e a situação da ilegalidade e de fora da lei que a própria Renamo se colocou.
Para Gamito, o partido de Afonso Dhlakama ao preconizar ou recorrer à violência armada, por iniciativa própria, violou o artigo 77 da Constituição da Republica por si aprovada, tendo deste modo se ilegalizado.
Acrescentou que no seio daquela bancada reina uma certa anarquia, sendo que “todos querem mandar chegando-se ao ponto de se desrespeitar a verdadeira chefia, acto protagonizado por alguns deputados que nas comissões de trabalho votam a favor de uma determinada para em plenário votarem contra”.
Ainda de acordo com Alfredo Gamito, dos 51 deputados da Renamo, 28 estiveram sempre ausentes sem justificações plausíveis mas continuando a auferir salários do orçamento do estado que nunca aprovaram.
“A Renamo não conseguiu levar com sucesso o processo da sua transformação em partido político; não conseguiu nestes 21 anos entender que Moçambique é dos moçambicanos nos seus anseios mais profundos da paz e prosperidade; ao longo deste período não conseguiu libertar-se da sua génese e retornou à guerra”,disse Alfredo Gamito para quem nesta Legislatura a bancada da Renamo foi invadida por uma ala radical, militar e belicista que a todo custo tenta inviabilizar o funcionamento do Parlamento.
