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MOISÉS MANDLATE (1920-2024): Até sempre, homem da Marrabenta

Por Pretilério Matsinhe

Moisés Ribeiro da Conceição Mandlate perdeu a vida na última terça-feira, aos 104 anos. Filho de Nguilichi Mandlate e de Glória Manhiça, nasceu no dia 4 de Fevereiro de 1920, nos arredores da antiga cidade de Lourenço Marques, em Nwandava, actual bairro do Jardim, cidade de Maputo.
A sua paixão pela música sempre esteve presente desde muito novo na vida deste co-fundador da Orquestra Djambo. O guitarrista Moisés Mandlate foi fundamental na manutenção e existência do grupo, “mesmo em momentos conturbados, tal como foi aquando do encerramento do Centro Associativo dos Negros de Moçambique, em 1965, e o seu reaparecimento em 1969, sendo que, por várias vezes, teve de reavivar com novos elementos sem perder o timbre original do grupo”, destacou a ministra da Cultura e Turismo, Eldevina Materula, durante o elogio fúnebre, havido quinta-feira, no Paços do Conselho Municipal da Cidade de Maputo.
Em vida, foi distinguido pelo Estado moçambicano através da atribuição da Medalha de Mérito Artes e Letras, o mais alto galardão nacional, em reconhecimento do seu papel e contributo na música moçambicana. Foi ainda agraciado pelo município de Maputo com o título “Acácia Rubra”.
O seu último adeus, na quinta-feira, contou com a presença de várias personalidades ligadas à cultura, familiares, empresários e governantes, com destaque para os antigos Presidentes da República Joaquim Chissano e Armando Guebuza, que sublinharam que Moisés Mandlate foi um artista que tudo fez em nome da Marrabenta e, por consequência, da moçambicanidade. Leia mais…

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