O acidente marítimo que aconteceu na tarde do dia 7 de Abril, que culminou com a morte de 98 pessoas e 14 feridos, fez soar alarmes sobre a forma como os cidadãos moçambicanos se informam e, sobretudo, como se fazem transportar.
Pela sua dimensão, pode ser rotulada de maior tragédia ocorrida na história recente do país no sector de transportes.
Para nós, a tragédia da Ilha de Moçambique ultrapassa a esfera de simples acidente marítimo, uma vez que, a cada dia, fica cristalino que o ponto de ignição daquela situação terá sido um boato sobre uma suposta doença, altamente contagiosa, que poderia dizimar a todos num estalar de dedos.
A comissão de inquérito criada para investigar o caso ainda não se pronunciou, mas ao que os sobreviventes narram, o tal boato foi adensado pelo sumiço de quem devia reverter a situação, a quem, em circunstâncias do género, compete organizar a comunidade e explicar que tudo não passa de um infeliz “fake news”, como se diz na actualidade. Uma mentira estúpida e grosseira. Quem sabe até procurar os autores e tomar exemplares medidas disciplinares. Leia mais…
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