O Presidente da República, Armando Emílio Guebuza, visitou na manhã de ontem alguns empreendimentos agro-pecuários e florestais localizados no distrito de Chimbunila, província de Niassa, no prosseguimento da sua actividade de Presidência Aberta e Inclusiva. Trata-se da AC Matama, do grupo inglês África Century Agency, da firma Mr Chicken e da Chikweti Forest of Niassa.
AC Matama é uma companhia agrícola que se dedica à produção de alimentos com destaque para a soja para consumo humano e ração animal, principalmente para frangos. Encontra-se igualmente estabelecida nas províncias de Nampula e Zambézia.
Conforme foi explicado ao Chefe do Estado, esta companhia ocupa uma área de 500 hectares, numa zona onde antes funcionou a Empresa Agrícola de Matama, que mais tarde passou a ser gerida pela Fundução Malonda, depois de fracassado o Projecto de 400 mil hectares, por causa da guerra dos 16 anos. Recorde-se que o empreendimento compreendia a zona de Lipúzia e Rovuma, passando por Lissiete e Unango, nos distritos de Mandimba e Sanga respectivamente.
Embora a situação se considere calma, as terras da AC Matama continuam a ser disputadas pelas comunidades locais, que reclamam indemnização aos novos proprietários pelo tempo que alegadamente cuidaram das machambas, durante o período em que as plantações se encontravam abandonadas e em estado ocioso.
Dados colhidos à margem da visita do Presidente da República indicam que a AC Matama destroncou, lavrou e semeou 500 hectares de soja e 100 de milho, com uma previsão de produção de mil toneladas de soja e 35 de outras culturas.
Porém, um dos grandes desafios desta empresa continua a ser o de ordem financeira o que dificulta a execução com êxito deste ambicioso projecto, sobretudo no que diz respeito à aquisição de insumos, nomeadamente, adubos, fertilizantes, pesticidas, maquinaria para as operações, autocombinadas, charruas, tractores entre outros.
O PR visitou ainda o Mr. Chicken, empresa vocacionada à produção intensiva de frangos, ovos e da cultura de macademia (uma das matérias primas para o fabrico de chocolate), que é exportada para Africa do Sul. Esta companhia que emprega 62 trabalhadores efectivos e 25 sazonais produz por semana três a quatro mil frangos que abastecem o mercado da capital provincial do Niassa. A mesma firma produz anualmente cerca de 11 toneladas de macademia.
Outro empreendimento visitado pelo PR foi a Chikweti Forest of Niassa que emprega mais de dois mil trabalhadores entre efectivos e sazonais, ocupando vastas áreas que abrangem os distritos de Chibunila, Sanga e Ngaúma. Dados tornados públicos indicam que as empresas florestais em Niassa empregam mais de cinco mil pessoas, constituindo-se no maior empregador da província.