Para o chefe do grupo parlamentar do MDM, Lutero Simango, mais do que ameaças e intimidações aos cidadãos, urge que as partes em conflito ultrapassem as diferenças para permitir a realização das eleições num ambiente de paz e tranquilidade e consolidação da democracia.
Segundo Simango, desde o início do presente ano que os moçambicanos estão sendo postos a uma grande prova, entre a violência política e o exercício livre de actividades políticas, entre a paz e retorno à guerra, entre a boa governação e corrupção generalizada, entre outros males que atentam a democracia.
Acrescentou que a democracia política é o único regime que garante a liberdade e a dignidade do ser humano. “Ela é pluralista, tolerante, aberta, e assente nos princípios da soberania e da representação política”.
No entender de Simango, o futuro dos moçambicanos não deve, nem pode ser hipotecado, muito menos ser decidido fora do jogo democrático. “A democracia e eleições periódicas são as formas escolhidas para delegar e legitimar o poder, penalizando aos que não governam bem. Tentativas de adiar as eleições fazem parte da estratégia de querer a continuidade do sofrimento do povo e torná-lo refém a seu bel-prazer. E o uso da força para alterar o quadro político assemelha-se ao velho ditado: quem mata com espada, de espada morrerá. A democracia que defendemos é incompatível com a existência da polícia política e das forças de segurança e de defesa partidarizadas”, disse Lutero Simango para quem as eleições devem ocorrer no dia 20 de Novembro do corrente ano.