O director de Política de Defesa no Ministério da Defesa Nacional, coronel Cristóvão Chume, refutou ontem informações postas a circular nas redes sociais e na Imprensa segundo as quais foi declarada o estado de guerra no país com o ataque a uma posição de homens armados da Renamo, nas proximidades de Santunjira onde se encontra aquartelado Afonso Dhlakama com os seus guerrilheiros.
Segundo afirmou, tratou-se de uma resposta às provocações dos guerrilheiros da Renamo, que em duas ocasiões atacaram sem sucesso as posições das Forças de Defesa e Segurança (FDS), que garantem a livre circulação de pessoas e bens naquela região.
Na ocasião, o coronel Cristóvão Chume explicou que tudo iniciou por volta das 16 horas da última sexta-feira, quando um grupo de homens armados da Renamo atacou uma posição das FDS posicionada na chamada zona da antena próximo do local onde se encontra Afonso Dhlakama.
Em razão disso, segundo Chume, as FDS responderam com fogo sem registo de vítimas. Porque não se sentiram satisfeitos, os homens da Renamo voltaram ao local e desta feita por volta das 22 e tiveram uma resposta à altura tendo saído em debandada.
Cristóvão Chume acrescentou que nas duas ocasiões não houve registo de morte nem feridos do lado das forças governamentais, não se sabendo nada do lado dos guerrilheiros da Renamo, uma vez que tudo foi rápido.
“Estes dois ataques demonstram mais uma vez que as FDS é que têm sido atacadas e não são elas que iniciam incursões contra os homens armados da Renamo. Nós gostávamos de deixar claro, tal como tem sido apanágio do Governo que as nossas forças não têm mandato e não receberam nenhuma ordem de atacar nenhum guerrilheiro e muito menos o local onde se encontra aquartelado Afonso Dhlakama”,disse Cristóvão Chume sublinhando que não há nenhuma intenção de ataque a qualquer que seja posição da Renamo, mas que qualquer tentativa de provocação terá uma resposta adequada.