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A casa que durou 48 horas

Por Jornal domingo

A juventude chama a cidade de “Thawen”, corruptela de “Town”, termo em inglês que designa isso mesmo. Cidade. E é das cidades que vem muitos hábitos que por vezes deixam o comum mortal de queixo caído e a questionar os limites da razoabilidade do comportamento humano.

Vem o intróito à propósito de um cidadão que, talvez farto de ser anónimo, ou demasiado saciado da famosa carne de “machadinhos”, os famosos “xibutchanas”, entendeu fazer uma despesa inusitada. Plantou um habitáculo no topo de um prédio, mas sobrepondo-o a outros casebres informais, igualmente ilegais construídos no terraço.
Ao que Bula-bula apurou de fontes suspeitas e de outras insuspeitas é que aquela construção, que tinha tudo para dar para o torto, foi iniciada no Sábado passado e quase finalizada no dia seguinte. Domingo.

O que chamou atenção da vizinhança foi o facto de a obra ter sido construída por cima de outras feitas à maneira. “Será que com um vento de 70km/h aquilo não viria ao chão e se gerar uma tragédia?” Essa era a pergunta que não queria calar. Mas os mestres lá estavam. De sol a sol, com o risco sempre iminente de serem eles os primeiros a inaugurarem a queda livre.
Talvez desconheçam que neste mundo viveu um senhor chamado Isaac Newton que andou a estudar coisas estranhas como a força de gravidade, queda livre dos corpos e até traduziu isso em fórmula Matemática que para muitos é um verdadeiro quebra-cabeças. Bula-bula que não é fadado a contas fica pela plateia.
Mas, bem, bem, bem… Será que custa assim tanto… mesmo, mesmo sair da tal “Thawen?” e ter um espaço para criar umas galinhas e fazer umas hortas num bairro em expansão que está prenhe de jovens da mesma idade? Ou será porque a terra não se vende. O terraço, sim. Ou é aquela coisa de querer estilar dizendo “vivo na Avenida Julius Nherere…”. Heisssshhhhh…

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