Modesta Daniel faz parte de uma juventude que nos anos 60 entendeu que devia abdicar da sua juventude em defesa da pátria. Hoje, à porta dos 80 anos, partilha as vivências com alguma nostalgia: “éramos tão unidas. O inimigo era comum e facilmente conseguíamos identificá-lo”, diz.
Ela é uma entre vários milhares de mulheres que, quando se passavam dois anos depois do início da luta armada de libertação nacional, em 1966, juntou-se aos militares (homens) da FRELIMO, na perspectiva de aprender as tácticas de combate para defender as populações nas zonas libertadas.
Numa primeira fase eram apenas 25 adolescentes e jovens do sexo feminino que, pela sua bravura, abriram as portas para que mais mulheres fossem admitidas nas fileiras e, depois, formalizaram o Destacamento Feminino (DF), em 1967. Uma acção que, na verdade, começou em 1965 quando um grupo de camponesas pediu para que fossem treinadas militarmente.
A propósito da celebração do Dia do Destacamento Feminino, domingo ouviu Suzana Malumbiri, Modesta Daniel e Marcelina Jorge, que foram parte das protagonistas dessa epopeia, desde as décadas de 60 e 70. Em uníssono orgulham-se de terem participado na libertação do país. Leia mais…
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