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“Simbi hairaswi” (ferro não se deita)

Por Jornal domingo

TEXTO DE BERNARDO JEQUETE

As latas de refrigerantes, de bebidas alcoólicas e restos de ferros recolhidos nas diferentes lixeiras da cidade de Chimoio, em Manica, são transformadas em panelas de alumínio por jovens locais, como forma de ganharem dinheiro para o seu sustento.
Tudo começou em 2015 quando alguns jovens, que tinham em comum a falta de emprego, decidiram reinventar-se para colocarem pão à mesa e formaram uma cooperativa, a qual denominaram de “Simbi Hairaswi”, que, traduzido para português, significa ferro não se deita.
Com esta matéria-prima, passaram a fabricar panelas de alumínio e outros artigos, produzidos com base na fusão de latas de refrigerantes e de bebidas alcoólicas e ferros recolhidos nas ruas. Em “bons dias” produzem mais de 50 panelas.
A iniciativa, que assegura o sustento de muitas famílias, está a contribuir para a redução da poluição ambiental, pois as latas são reaproveitadas na pequena cooperativa que funciona no bairro Samora Machel (antigo 7 de Abril), na cidade de Chimoio.
A cooperativa emprega, actualmente, mais de 30 jovens que diariamente recolhem estes artigos de alumínio para o fabrico artesanal de panelas, ferro, frigideira e outros utensílios domésticos, que depois são colocados à venda nos mercados, ruas de Chimoio e não só. Antes da abertura da cooperativa, cada um dos sócios trabalhava individualmente, mas decidiram juntar-se porque eram considerados responsáveis pelo incremento do roubo de cabos eléctricos de alumínio. Desde que se juntaram à cooperativa, a relação com a Electricidade de Moçambique (EDM) melhorou. Leia mais…

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