– Eduardo Samo Gudo, director-geral do Instituto Nacional de Saúde (INS)
TEXTO DE BENTO VENÂNCIO
BENTO.VENANCIO@SNOTICIAS.CO.MZ
O Ministério da Saúde (MISAU) emitiu, recentemente, um comunicado que aborda a situação epidemiológica da síndrome gripal em Moçambique num período caracterizado pela ocorrência de um número significativo de casos de gripe.
Em síntese, o documento desdramatiza a situação, sublinhando que, “embora o sistema de monitoria esteja a registar um aumento progressivo da taxa de positividade do vírus influenza, de 12 para 20 por cento nas últimas duas semanas de Dezembro último, dados clínicos ainda não reportam um aumento do número de casos nas unidades sanitárias”.
Para melhor entendimento desta matéria, domingo conversou com o director-geral do INS, Eduardo Samo Gudo, que toca num ponto essencial: “os casos de gripe que o país reporta não têm nada que ver com a influência da epidemia da Europa, que atinge Portugal de forma preocupante. Um e outro caso pode vir de lá, mas os casos dominantes são de dentro do nosso país”, aponta.
Eduardo Samo Gudo diz, também, que não é verdade que tenha surgido uma nova vaga de covid-19 no país.
O Ministério da Saúde (MISAU) emitiu um comunicado que indica que as infecções respiratórias agudas, também conhecidas como síndromes gripais, são causadas principalmente por vírus respiratórios, tais como a influenza, o vírus sincicial respiratório e o SARS- -CoV-2, este último associado à covid-19. Qual é o tipo mais comum no nosso país e qual tem sido a estratégia seguida para o seu isolamento e combate?
Cada tipo de vírus causador das infecções respiratórias agudas tem a sua época específica de maior circulação. Nas últimas semanas, tem ocorrido uma maior circulação de influenza quando comparado com os outros vírus. O actual sistema de vigilância reporta que o vírus de influenza é mais predominante na epidemiologia da síndrome gripal em Moçambique. Este facto é concordante com a situação epidemiológica mundial. Leia mais…