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“Chimoio é coração grande”

Por admin

Afirmou ontem o Presidente da República, Armando Guebuza, no acto inaugural do IV Festival Desportivo e Cultural das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) “Hoje Chimoio não é aquele topónimo que significa coração pequenino, não! Hoje Chimoio é um coração muito grande, do tamanho de Moçambique.

 Chimoio é Moçambique em miniatura, corporizado pelos participantes do Quarto Festival Desportivo e Cultural das nossas Forças Armadas”.

Foi com estas palavras que o Presidente Armando Guebuza, declarou ontem aberto o IV Festival Desportivo e Cultural Militar, evento que reúne na capital provincial de Manica cerca de dois mil e quinhentos soldados e centenas de convidados nacionais e estrangeiros. De entre os estrangeiros figuram representantes de Angola, África do Sul, Zimbabwe, Malawi e Zâmbia.

O Chefe do Estado e Comandante-chefe das Forças Armadas de Defesa e Segurança de Moçambique, sublinhou que Chimoio, que quando traduzido da língua local para o português significa “Coração Pequeno”, tornou-se muito grande ao acolher, 30 anos depois, o festival desportivo cultural militar que, segundo defendeu, junta “filhos da nossa Pátria Amada que, em uníssono, vieram reiterar o seu compromisso com a consolidação da Unidade Nacional, do Patriotismo e da Paz, valores sublimes também cultivados por estes filhos uniformizados do maravilhoso Povo Moçambicano”.

Todos quantos participam no festival são, para o Presidente da República, valores que se juntam “à auto-estima, à cultura de trabalho e à nossa indomável vontade e capacidade de superar desafios para reforçar a nossa consciência de comunhão de destino e a inabalável fé que nos caracteriza de que esta Pátria de Heróis vai vencer a pobreza”.  

Para o estadista moçambicano, “Chimoio torna-se hoje coração muito grande quando olha para os filhos da Nação Moçambicana aqui perfilados, representando diferentes facetas da nossa cultura, da nossa forma de ser e de estar em sociedade. São homens e mulheres representando, enfim, essa diversidade cultural que faz de nós um Povo mais rico, unido, forte e determinado, um Povo muito especial. Mesmo a Cabeça do Velho cofia hoje a sua barba de contente!”.

Armando Guebuza lembrou, perante uma destacada multidão de crianças, jovens, mulheres e homens, que o certame tem a sua génese nas intervenções culturais multidimensionais “que realizávamos durante a Luta de Libertação Nacional. Melhor dizendo, estas práticas estavam subentendidas no processo de libertação da terra e dos homens, pois não era apenas o resgate da nossa soberania que estava em causa. Estava também em causa o resgate da nossa dignidade e auto-estima, vilipendiadas pelos 500 anos de dominação estrangeira”, realizações que se manifestavam nos centros de preparação político-militar, nas zonas libertadas, nos centros educacionais, nos centros de trânsito dos nacionalistas, a caminho dos epicentros da acção directa contra o inimigo invasor, nas escolas e nas bases.

Sublinhou ainda que nas masmorras da sanguinária PIDE, a cultura física e as artes e cultura eram “estandartes que sempre desfraldávamos, como uma das formas mais significativas da nossa gesta libertária”.

 

Matchedje tem de superar desafios

 

Na ocasião, o Presidente da República explicou que foi com base nas práticas desportivas durante a Luta Armada, que em Nachingweia os combatentes fundaram a sua equipa de futebol, à volta da qual gravitavam outras modalidades gimno-desportivas.

A prática de actividades desportivas no seio das Forças Populares de Libertação de Moçambique continuaria depois do hastear da nossa bandeira multicolor. Desde a sua criação, o nosso emblemático clube, o Clube Desportivo Matchedje, incorpora várias modalidades, entre elas o basquetebol, atletismo, andebol, karate, boxe, voleibol, natação, judo e hóquei em patins” – disse Guebuza.

O Comandante-Chefe das Forças Armadas de Defesa de Moçambique destacou que “graças aos investimentos e à atenção que dedicamos ao desporto, o Matchedje tem-se destacado em muitas dessas modalidades desportivas. Estamos conscientes dos desafios que no presente a equipa de futebol do nosso Matchedje enfrenta, no presente. Temos, porém, plena certeza de que saberão, com a dignidade que caracteriza o simbolismo do nome que ostentam, superar esses desafios”.

Explicou que “a 25 de Setembro de 1979, iniciamos o Festival Cultural e Desportivo das Forças Populares de Libertação de Moçambique. Esta era uma das formas de celebrar o nosso Moçambique, livre e independente, e de promover o seu potencial cultural, artístico e económico. Depois do terceiro festival, a situação geopolítica nacional e regional ditou o realinhamento das prioridades das nossas Forças Armadas, com impacto directo nos festivais culturais e desportivos. Por isso, justifica-se que Chimoio seja hoje um coração grande, do tamanho de Moçambique, porque é o ponto de retomada destes festivais, que terão lugar de dois em dois anos”.

Hoje, pelas nove horas, o Presidente da República será saudado pelo Ministro de Defesa e generais das forças de Defesa e Segurança. Ontem participou na gala alusiva ao festival.

Durante os quatro dias que vai durar o festival, para além de realização de eventos desportivos de futebol, voleibol, atletismo, tiro-desportivo, prevê-se várias actividades culturais, tais como danças e música ligeira. Haverá igualmente exposições fotográficas, gastronomia, visitas a locais históricos e muito mais.

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