TEXTO DE JOCA ESTÊVÃO
JOCA.ESTEVAO@SNOTICIAS.CO.MZ
Chamaram-no bairro Popular, uma zona de gente pacata da cidade de Quelimane. O futebol foi sempre uma das brincadeiras mais preferidas da rapaziada daquela região. A partir de certa altura, a brincadeira passou a ser levada a sério. Cada tempo livre era aproveitado com “peladinhas”, que se estendiam até ao anoitecer. Entre o talento e a dedicação, o bairro Popular foi trazendo frutos; craques de vulto.
Com o tempo, a rapaziada encheu-se de coragem e crença no seu talento e apresentou-se ao futebol federado. Os membros da família Fernandes evidenciaram-se pelo número de jogadores que acabariam por singrar. Mário João, um dos mais velhos desse clã, deu logo nas vistas e foi premiado com o futebol de “primeira água” em Portugal, representando e notabilizando-se ao serviço do Boavista. O valor de Mário João fixou-se nos amantes do futebol de Quelimane e de Moçambique inteiro. Era o orgulho do bairro Popular. Seguidamente, foi a vez de Afonso João no Ferroviário de Quelimane, que, mais tarde, vestiu a camisola do Benfica de Lourenço Marques. Pela categoria atingida por Mário João, Afonso também o identificaram pelo talento do seu irmão mais velho. Era Mário João para ali e para acolá, sobretudo jogando em Lourenço Marques. Quem não recebeu esse nome foi Alberto, que vestiu o “jersey” do Ferroviário de Quelimane. Alberto era um jogador de reconhecido valor, mas, teimosamente, não iniciou e terminou a sua carreira na capital zambeziana. Leia mais…
