- Consideram economistas e empresários ouvidos pelo domingo
TEXTO DE ANGELINA MAHUMANE e IDNÓRCIO MUCHANGA
Economistas e empresários nacionais fazem um balanço do ano prestes a findar e consideram que foi desafiador em vários aspectos. Sobre 2024, antevêem diferentes cenários e apontam para ocorrência de eventuais mudanças condicionadas, entre várias, por causa externas, que poderão influenciar, de certa forma, a economia local.
A economista Estrela Charles afirmou que, mesmo depois de o país ter registado, em 2023, um nível de taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na ordem de 5,9 por cento, no terceiro trimestre, e com perspectiva de fechar o ano com sete por cento, este ano foi marcado por elevadas taxas de juro, situação que criou “turbulência” ao nível de crédito à economia, o que levou à redução do crédito para as empresas.
Segundo Estrela Charles, o país registou níveis de inflação consideráveis. Foi, também, neste ano que o Governo implementou algumas medidas de estímulo económico com objectivo de recuperar a economia e assegurar arrecadação da receita para o Estado. Entretanto, observa que apenas se conseguiu encaixar 59 por cento de receita e o nível de execução de despesas posicionou-se em cerca de 80 por cento.
Para o próximo ano, de acordo com a economista, prevê-se um crescimento económico de cerca de 5 por cento e o nível de inflação em cerca de 7 por cento. Estas previsões estão associadas à indústria extractiva, que se antevê um crescimento de 18 por cento, contra os sectores de transporte e agricultura com um incremento de 5,7 e 5,5 por cento, respectivamente. Leia mais…