Início » OTAN pode ter mais um novo membro – dissuasão russa funciona em contramão

OTAN pode ter mais um novo membro – dissuasão russa funciona em contramão

Por Jornal domingo

O ano de 2023 está a terminar com más notícias para a Rússia, pelo menos para a sua estratégia de dissuadir os seus vizinhos de se aliarem ao braço armado dos EUA-Ocidente, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Uma comissão do parlamento turco decidiu, semana passada, dar “luz verde” à intenção da Suécia aderir à arqui-inimiga militar da Rússia. Se tomarmos em conta que um dos objectivos da invasão russa da Ucrânia é, alegadamente, garantir a segurança nacional da Rússia impedindo a expansão da OTAN para perto das suas fronteiras, então pode dizer-se que a aparente inevitabilidade da conclusão do processo de adesão da Suécia, o facto de a Finlândia já ter aderido e o facto de haver mais países na fila a querer aderir à aliança liderada pelos EUA estão a funcionar em contramão às intenções dissuasoras de Moscovo.

A OTAN acaba de receber a “boa nova” de que o seu expansionismo está prestes a colher frutos. A Suécia poderá, brevemente, ter “luz verde” da Turquia para se juntar à aliança. A comissão de Negócios Estrangeiros da Assembleia Nacional turca voltou a analisar o processo sueco, submeteu-o à votação e deu “luz verde” à pretendida adesão dos nórdicos. É um processo ainda inacabado, já que tem de haver uma votação final no parlamento para o concluir. Note-se que a Turquia e a Hungria eram os únicos países da aliança de 31 membros a bloquear a adesão da Suécia.

A Suécia submeteu a sua candidatura para aderir à OTAN, em Maio de 2022, pouco depois de a Rússia ter iniciado o que designou de “operação especial para a desmilitarização e desnazificação da Ucrânia”. Na mesma altura, a Finlândia também submeteu a sua candidatura. No entanto, diferentemente da Finlândia, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, se opôs desde o início ao processo sueco. No centro da oposição de Erdogan estava o facto de, segundo Ancara, Estocolmo albergar e proteger responsáveis do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão)1, uma organização classificada como “terrorista” pelas autoridades turcas. No caso da Finlândia, Ancara não mostrou objecções e o país tornou-se membro da aliança Leia mais…

Você pode também gostar de: