Nos campos de peleja galinácea, foi de arrepiar, em muitas ocasiões, o desempenho das ameraucanas vestidas de negro ao longo do ano que hoje termina, tendo sido com muita razão que o canto saiu do bico da poluição que semana sim, semana sim, se droga com este ópio que é o futebol.
Desta vez, a contestação no galinheiro subiu de tom a ponto de vermos pintos devolverem medalhas e equipas abandonarem o relvado antes dos 90 minutos propostos para durarem as pelejas. Aliás, houve partidas que se excederam à moda “Mundial” do Qatar, com prolongamentos de 15 minutos, com a particularidade de aqui na terra de Matateu o cocoricó final ter soado apenas quando uma determinada equipa marcasse ou ganhasse uma penalidade duvidosa. Aí iam à loucura como galos depois de encher o papo, até porque esse conjunto capoerístico verga apenas a crista rija e vermelha na cabeça e não tem vergonha na cara.
De bicada em bicada, como se de farelo de milho se tratasse, fez tudo à luz do dia, com determinados dirigentes da capoeira a proclamarem-se vencedores antecipados, numa aposta fundamentada em acordos por debaixo da mesa da capoeira da família dos apitos que só soam mediante notas no bolso. A desordem do galináceo é tanta que até para punir más arbitragens foram exigidas provas de qualquer coisa. Do tipo “prova que biquei nestes graõs de milho”.
Por estas e mais proezas, 2023 não foi, definitivamente, um ano feliz para a Comichão Capoerística de Árbitros de Futebol (CNAF), daí a aclamação pública como vencedora do Prémio Galaroz do Desporto e com todo protocolo observado…