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A deficiência está nos olhos de quem não quer ver

Por Jornal domingo

– Elisa Gordo, jovem de 20 anos, que perdeu os braços na explosão do Paiol de Malhazine em 2007

TEXTO DE HERCÍLIA MARRENGULE

Os estrondos ainda ecoam nos seus ouvidos. Por volta das 16 horas e 15 minutos do dia 22 de Março de 2007, a capital do país foi surpreendida por fortes explosões. Eram engenhos do Paiol de Malhazine, que causaram a morte de mais de 100 pessoas e centenas de feridos. Entre eles, estava Luísa Gordo, que, na altura, tinha apenas três anos de idades.

Tem poucas memórias daquele fatídico dia. Dezassete anos depois da tragédia, sentada na sombra de uma das árvores frondosas do Museu da História Natural, reconstitui a história com base no pouco que se recorda e em fragmentos contados pelo pai e pela avó.

O que se lembra com exactidão é que brincava com as amigas na parte traseira da casa onde vivia com os seus pais e três irmãos, no bairro de Matendene.

Quando ouviu os estrondos, correu para junto da sua mãe e, num gesto de desespero, refugiaram-se na igreja local.

“Era uma igreja de chapas… estava lá muita gente. Não sei se era o lugar mais seguro, mas muitos foram lá se esconder”, detalhou. Leia mais…

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