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Moscovo avisa que a Moldávia pode ser a próxima vítima

Por Jornal domingo

TEXTO DE EDSON MUIRAZEQUE *

EDSON.MUIRAZEQUE@GMAIL.COM

À medida que as posições vão ficando cada vez mais extremadas no jogo geopolítico entre a Rússia e o Ocidente, os pequenos Estados da antiga esfera de influência soviética vão pagando a cara factura de pretenderem ter o “direito de escolha”. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, anunciou, semana passada, que a Moldávia “destina-se a ser a próxima vítima da guerra híbrida” que alegadamente o Ocidente está a travar contra o seu país. O aviso de Lavrov foi feito poucos dias depois de as autoridades da Moldávia se terem juntado às sanções económicas da União Europeia contra a Rússia, uma decisão que Moscovo considera ser um “passo hostil tendente a arruinar as relações russo-moldavas”. O maior problema está, na verdade, na tentativa de Chisinau, encorajada pelo Ocidente, se juntar à União Europeia, uma acção que, ao que tudo indica, Moscovo já colocou também na lista de pecados capitais que aparentemente os países da sua vizinhança próxima não devem cometer. É caso para dizer que o pronunciamento de Lavrov sinaliza a máxima de que “se não estás connosco, estás contra nós”.

Os pronunciamentos de Lavrov, segundo foi noticiado recentemente, foram feitos durante uma conferência ministerial realizada pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), considerada a maior organização de segurança regional no mundo. A razão da desinteligência entre Chisinau e Moscovo reside na questão da Transnístria, uma zona predominantemente russófona que está situada na parte oriental da Moldávia, junto da Ucrânia. A Transnístria é uma república separatista controlada por um governo pró-russo e que conta com um contingente militar da Rússia. A presença de tropas russas naquele território tem sido motivo de querelas entre Chisinau e Moscovo. Na semana passada, à margem da conferência da OSCE, as autoridades da Moldávia reiteraram o pedido para que as tropas russas abandonem o país sem pré-condições para, assim, “criar as condições favoráveis para uma resolução pacífica do conflito da Transnístria”. Leia mais…

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