– defende Bento Machaila, presidente da Federação Moçambicana de Empreiteiros (FME)
TEXTO DE ANGELINA MAHUMANE
ANGELINA.MAHUMANE@SNOTICIAS.CO.MZ
Obras abandonadas, corrupção nos concursos de empreitadas públicas, questões de qualidade associadas à aplicação da regra de preço menor e necessidade de estabelecimento de preço de referência em função do espaço geográfico onde as obras devem ser executadas são algumas questões que preocupam a Federação Moçambicana de Empreiteiros (FME).
No caso de obras abandonadas, até 2018, o país contava com mais de 800 obras públicas abandonadas por empreiteiros e a então ministra da Administração Estatal e Função Pública Carmelita Namashulua foi citada por vários meios de comunicação como tendo afirmado que vários gestores públicos seriam criminal e disciplinarmente responsabilizados pela situação.
Onde a situação parece ser abismal é na província de Nampula, onde o Centro de Integridade Pública (CIP) desenvolveu um estudo que demonstrou que, até Outubro de 2022, cerca de 85 por cento das infra-estruturas do sector da Educação, que estavam a ser erguidas, encontram-se em estado de abandono. As mesmas deveriam ter sido entregues até Fevereiro daquele ano.
Em 2021, tinha sido planificada a construção de 191 salas de aula temporárias, de 313 salas mistas, 17 sistemas de abastecimento de água e de 420 pontos de lavagem de mãos, com um orçamento total de 428,47 milhões de Meticais, dos quais 302.03 milhões foram pagos, ou seja, cerca de 70 por cento. Leia mais…