O seu trabalho foi certamente penoso…
Fazer isto foi um processo penoso que exigiu tempo, recursos e monitoria permanente. Isto foi o que nós construímos e, desse ponto de vista, deixo a SADC tranquila. Eu disse aos chefes de
Estado na cimeira do Malawi que o que vocês me entregaram em 2005 foi isto e hoje o que vos deixo é isto. E disse-lhes mais, que os sistemas são suficientemente robustos para vos dar tranquilidade e o que é importante é continuar a fazer a monitoria. Isto é o essencial do legado do Tomaz Salomão.
Os homens passam, as instituições ficam. Mas aquilo que são as marcas, essas, certamente, ficam…
Devo dizer que fiquei emocionado por ouvir as palavras de gratidão e de reconhecimento por parte dos chefes de Estado e do Conselho de Ministros da organização. Aprendi muito nestes oito anos. Como sabe, eu sou economista. Sou homem de finanças de profissão, mas estava numa instituição em que muito rapidamente tive de aprender como navegar no mundo diplomático. Como fazer diplomacia. Tive de em alguns momentos me socorrer de alguns diplomatas de calibre do meu país, cujos nomes não vou revelar nesta entrevista, mas a quem agradeço bastante. Foram diplomatas que me ajudaram muito, pessoas com que levei horas a interagir, a fazer perguntas. E que me disseram: Tomás, vai assim. Vai naquela direcção. Quero agradecer a essas pessoas. Aos Presidentes Guebuza e Chissano pelos conselhos que me foram dando sobre como navegar nestes domínios, quando as coisas se tornaram complicadas.