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Ameaça feita, ameaça cumprida! – Rússia iguala-se aos EUA e engorda o “clube de vilões”

Por Jornal domingo

POR EDSON MUIRAZEQUE *

EDSON.MUIRAZEQUE@GMAIL.COM

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou, semana passada, uma lei que revoga a ratificação russa do Tratado de Interdição Completa de Ensaios Nucleares (CTBT1, na sua sigla em inglês). A decisão vem no seguimento de uma ameaça que já tinha sido feita no passado mês de Outubro, quando a Rússia anunciou que cogitava a possibilidade de abandonar o CTBT para estar em “pé de igualdade” com o seu “eterno” rival EUA. Embora o abandono daquela “importante” “promessa de regime internacional” de controlo de armamento coloque Moscovo como o “vilão” do momento, na verdade a Rússia vai juntar-se a outros oito “vilões” que nunca quiseram que o tratado entrasse em vigor.

Como ficou claro quando abordámos este assunto numa edição anterior deste jornal, o CTBT é um tratado multilateral que, se entrar em vigor, vai proibir explosões de testes de armas nucleares e quaisquer outras explosões nucleares, tanto para fins civis como militares, em todos os ambientes, seja acima do solo, debaixo d’água ou no subsolo. O acordo foi adoptado pela Assembleia Geral das Nações Unidas há quase três décadas, mais concretamente em 10 de Setembro de 1996, mas ainda não entrou em vigor e, com a decisão russa, as perspectivas da sua aplicação tornam-se cada vez mais distantes. É um acordo que, discursivamente, é considerado como uma componente essencial do quadro internacional de controlo de armas nucleares e para o desarmamento. Sendo os testes nucleares um passo fundamental para o desenvolvimento de armas nucleares, a entrada em vigor do CTBT é vista como uma pedra angular para a restrição de toda a proliferação de armas nucleares, seja o desenvolvimento de armas nucleares por países que actualmente não as possuem, a actualização dos actuais arsenais nucleares ou a criação de novas e mais avançadas gerações de armas nucleares. Leia mais…

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