As estruturas dos bairros do município da Matola estão a desdobrar-se em encontros frequentes com a população, com vista a melhorar a forma de proceder às vigilâncias nocturnas face à onda
de assaltos, acompanhados de violações sexuais.
Com a acção pretende-se persuadir os moradores dos bairros afectados para deixarem de fazer o patrulhamento nocturno sem nenhuma articulação com a Polícia da República de Moçambique (PRM).
As pessoas deverão passar a fazer uma vigilância mais organizada e, nalguns casos, acompanhados pelos agentes da Polícia para evitar que sejam violadas as leis em nome do exercício de justiça.
Entretanto, os secretários dos bairros Ndlavela, Khongolote, Tsalala, Machava Socimol, Zona-verde, T3, Infulene, Kobe, George Dimitrov, Malhazine revelaram que, depois da vigilância organizada pelos populares nos seus respectivos bairros, ainda não se registaram novo casos de invasão a residências.
Mesmo assim, segundo o secretário do bairro de Ndlavela, Dique Magaia, estão a ser estudadas medidas de forma a criar grupos coesos e de pessoas idóneas, capazes de apoiarem a Polícia no patrulhamento.
“Agora há maior controlo sobre quem participa nas rondas para, em conexão com os agentes da Polícia da 6ª Esquadra, prosseguirmos com o combate à criminalidade”, disse.
Adiante, Dique Magaia desencorajou o consumo de bebidas na acção de patrulha. Por isso, reuniu-se na semana passada com os agentes económicos locais, para os sensibilizar a encerrarem cedo os seus estabelecimentos comerciais.
No bairro São Dâmaso, não se foge à essa regra. O secretário do bairro, Francisco Nhantumbo, referiu que está a ser criadoum grupo, e neste momento já reúne 90 jovens voluntários,“para reactivarmos o Conselho de Policiamento Comunitária (CPC), que trabalhará na comunidade juntamente com agentes da Polícia”.