POR EDSON MUIRAZEQUE *
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Materializou-se, semana passada, a vontade das lideranças africanas de ter voz nos “fora” internacionais onde se tomam as grandes decisões sobre as relações económicas internacionais. O Primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, anunciou, no sábado passado no início dos trabalhos da reunião do G20, que a União Africana é o novo membro permanente de pleno direito no agrupamento que junta 19 dos principais países industrializados e em desenvolvimento mais a União Europeia. Com a admissão, a União Africana torna-se na segunda organização internacional a fazer parte do grupo desde que este foi formado no final do século 20. Olhando para a composição do agrupamento, no entanto, a escolha da União Africana parece ter em vista tornar o agrupamento “mais inclusivo”, “calando” os críticos que têm vindo a sublinhar que África é o menos representado e mais marginalizado nos “fora” internacionais, quando, na verdade, o continente é repositório de perto de 1,5 mil milhões da população mundial, 54(6) países e vastos recursos naturais de que a economia mundial precisa.
O G20, ou Grupo dos 20, é, segundo informação oficial constante na sua página da internet, o principal fórum para a cooperação internacional. Ele desempenha um papel importante na definição e fortalecimento da arquitectura e governação globais em todas as principais questões internacionais. O G20 foi fundado em 1999, após a crise financeira asiática, como um fórum para os ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais discutirem questões económicas e financeiras globais. Em suma, é onde são feitas as negociações e tomadas as decisões mais importantes da economia global, facto que torna o fórum apetecível para qualquer Estado ou actor que queira ser relevante no sistema internacional. Leia mais…