TEXTO DE MARIA DE LURDES COSSA e FOTOS DE URGEL MATULA
Passaram-se 49 anos desde a assinatura dos Acordos de Lusaka. Mas há memórias, muitas, a povoarem as mentes dos moçambicanos que testemunharam e viveram as sensações daquela data, naquele ano, naquele dia, naqueles instantes. Fomos buscá-las…
Manuel de Almeida, 72 anos, Augusto Ndimande, 79, Carlos Ndzawana, 66 anos, e Teresa Caliano, 82, eram jovens e cheios de sonhos quando Samora Machel, em representação da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), e Mário Soares, do Estado português, assinaram os Acordos de Lusaka.
Hoje, idosos, nada lhes arranca das retinas e memórias as emoções vivenciadas com o anúncio da boa nova, aquela que pôs fim a 10 anos de guerra de libertação nacional.
Essencialmente, a assinatura dos acordos representou o colapso do colonialismo, o fim da humilhação, da negação à educação e identificação, das diferenças instaladas para classificar os filhos da mesma terra…. Foi, enfim, o início da vitória dos moçambicanos, que já há muito ansiavam pela liberdade, que lhes era negada há 500 anos. Leia mais…