TEXTO DE JORGE RUNGO
JORGE.RUNGO@SNOTICICAS.CO.MZ
A adesão da Arábia Saudita, Argentina, Egipto, Emiratos Árabes Unidos (EAU), Etiópia e Irão aos BRICS, agremiação composta polo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, é vista como o redesenho de uma nova ordem mundial a nível político e económico, uma vez que, a partir de agora, este bloco passa a ser responsável por 35 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) global.
Conforme foi referido no final da XV Cimeira desta colectividade, foram estabelecidos critérios e procedimentos para a adesão de mais membros, alguns dos quais manifestaram o desejo de fazer parte do grupo com brevidade por se identificarem com as causas pelas quais os BRICS se batem.
O Presidente da República, Filipe Nyusi, que participou no “Diálogo dos Líderes Amigos dos BRICS”, como convidado, destacou parte dos desafios com que o continente africano se depara, salientando a persistência da inflação alta em quase todo o mundo, acompanhada de altas taxas de juro nos países credores que acarretam o aumento dos custos de financiamento nos países africanos, cuja consequência é o aumento do serviço da dívida, quebra de reservas externas e depreciação cambial.
Aliás, esta visão do Chefe de Estado moçambicano foi expressa pelos líderes dos BRICS na sua declaração final, onde afirmaram que constataram que uma recuperação desequilibrada do choque e das dificuldades da pandemia está a agravar a desigualdade em todo o mundo. Leia mais…