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Todos querem medalhas

Por admin

Ainda que a competição desportiva não constitua o principal atractivo dos Jogos Escolares, as delegações presentes em Tete manifestam ambição de conquistar o primeiro lugar. Curiosamente, todos 

os atletas ouvidos pelo domingo acreditam que se prepararam melhor que os adversários. Ganhar é a palavra de ordem, mas os atletas adiantam que saberão perder e congratular a equipa vencedora. Unidos pela língua portuguesa, muitas vezes os alunos recorrem aos idiomas locais para transmitir segredos ou mesmo para se distinguirem, numa manifestação cultural insaciável. Os atletas estão satisfeitos com a acomodação e alimentação.

 

Jogos tradicionais

deviam ser competitivos

Zumia José,  da Zambézia

Zumia José integra a equipa dos Jogos Tradicionais da província da Zambézia. “Ntchuva” é a especialidade desta aluna, que queria desafiar as adversárias para ganhar medalhas, à semelhança doutras modalidades.

 

Mas não será desta, porque neste ano de estreia, esta especialidade será apenas a título demonstrativo.

“Gostaria que os Jogos Tradicionais fossem também competitivos, para cada província mostrar melhor a sua habilidade. É apenas demonstrativo, mas já é bom estar aqui”.

Espera que o evento seja um sucesso, e pessoalmente está preparada “depois de seis meses a treinar com os melhores jogadores da Zambézia”.

 

 

Queremos o primeiro lugar

Nélio Jossias, de Gaza

 

Nélio Jossias joga futebol pela selecção de Gaza. Afirma que a sua equipa está em Tete para conquistar a medalha de ouro.

“Saímos de Gaza com o objectivo de ganhar o torneio de futebol, não viemos aqui para acompanhar a festa dos adversários”.

Reconhece que o historial de futebol de Gaza não intimida os adversários, mas jura que “desta vez será diferente”.

Perguntamos-lhe qual seria a diferença ao que respondeu: “treinamos duro durante três meses e fizemos jogos de controlo com equipas seniores”.

Espera que as delegações continuem a tratar-se com muito respeito pela diferença e amor ao próximo.

 

Temos jogadoras de todos os distritos

Manuela Almeida, de Sofala

Manuela Almeida joga futebol na selecção de Sofala, conjunto com percurso notável nos jogos escolares. Está confiante em terminar no pódio, sobretudo “porque desta vez Sofala trouxe as verdadeiras melhores jogadoras”.

 

“No último festival algumas jogadoras eram federadas e falsificaram as idades. Desta vez estamos melhor preparadas e trazemos jogadoras de vários distritos da província. Esta selecção não é da Beira, é de Sofala”.

Por isso, avisa que “não vamos facilitar”. Refere que vai aproveitar criar novas amizades com jovens doutros pontos do país.

 

Queremos ser campeãs

Azélia Almeida, de Tete

Da delegação anfitriã, recebeu-nos eufórica a jogadora de futebol Azélia Almeida. Expressa-se como se já tivesse ganho algo. Afinal ganhou mesmo, como ela própria justifica a seguir:

 

“Para mim já é uma vitória estar aqui nestes jogos, mas queremos ser campeãs. Não vamos aceitar perder. As medalhas devem ficar aqui em casa”, decreta.

Revela que a preparação foi “muito boa” durante cinco meses. Para ela, o apoio do público tetense será determinante para a vitória final.

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